
O último entrave político sobre a obrigatoriedade ou não do diploma para exercício da profissão de jornalista é, na verdade, uma grande piada. Ainda que duvidosa, a apresentação da PEC (proposta de emenda constitucional), por parte do senador Antônio Carlos Valadares (PSB – SE), tem como objetivo superar o impasse provocado, no mês passado, pela decisão do STF (Supremo Tribunal Federal) que declarou nula a exigência do diploma, parece um tiro n’água.
Primeiro porque pretende permitir que colaboradores possam publicar artigos ou textos semelhantes. Segundo porque ‘’aceita’’ que os jornalistas supervisionados continuem atuando, desde que com registro regular. Essas ressalvas são estranhas, já que parecem querer regular a liberdade de expressão e não a profissão de jornalista.
De fato, a profissão que escolhemos não exige grandes e criteriosas complexidades que a engenharia, a física ou a economia pede. Mesmo porque escrever e trabalhar com palavras e verdades é possível a qualquer um, desde que guiado por regras da escrita. No entanto, o jornalismo exige um conjunto de técnicas que somente serão bem trabalhadas e desenvolvidas no decorrer da descoberta da prática profissional que a escola de comunicação social proporciona.
O certo é que ainda há muito que se discutir sobre o polêmico assunto, tratado pelos meios de comunicação de uma forma superficial e extremamente parcial. Vamos aguardas as cenas dos próximos capítulos...
